https://dadolinuntl.com/index.php/rev/issue/feedDadolin2024-09-20T09:07:36+00:00Dr. Érica Marciano de Oliveira[email protected]Open Journal Systems<p>“Dadolin” é uma palavra de origem tétum <em>terik</em> e significa “interlocução das vozes” ou “vozes cantadas”. É um periódico académico de línguas e literaturas que busca contemplar a diversidade linguística e cultural de Timor-Leste que, dentre variadas línguas locais, tem o tétum e o português como línguas oficiais.</p> <p>Além desse propósito, Dadolin tem também como intuito receber trabalhos académicos dos demais países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe –, buscando promover o Português Pluricêntrico, respeitando as variedades da língua portuguesa de cada país membro e demais localidades que têm o português como língua oficial, como Macau - China, e não oficial, como Goa - Índia, por exemplo.</p> <p>Dadolin: Línguas e Literaturas é um periódico académico de Acesso Livre, com revisão por pares, destinado à publicação de estudos em Linguística, Literatura e Ensino de Línguas. Tem como objetivo publicar artigos originais de pesquisa, retrospectivas, ensaios, resenhas de livros, entrevistas, traduções e dossiês temáticos. Dadolin é publicado em português e suas variedades, em tétum e em inglês.</p> <p>Não há custos de processamento de artigos para serem publicados. Dadolin é publicado pelo Departamento de Ensino de Língua Portuguesa e Departamento de Ensino de Língua Tétum, da Faculdade de Educação, Artes e Humanidades (FEAH), da Universidade Nacional de Timor Lorosa'e (UNTL), Timor -Leste. Esse periódico é publicado semestralmente desde 2024.</p> <p align="center">Esta revista está sob uma licença <span id="result_box" lang="en"><a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" target="_blank" rel="noopener">Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional</a></span></p> <p align="center"><img style="border-width: 0;" src="http://i.creativecommons.org/l/by/3.0/88x31.png" alt="Licencia de Creative Commons" /></p>https://dadolinuntl.com/index.php/rev/article/view/1Leitura intertextual de três lendas do livro "Histórias da minha origem - Ai-knanoik hosi hau-nia hun"2024-09-20T09:05:38+00:00Luis Abel Ati[email protected]Maria da Cunha[email protected]<p>O presente trabalho busca estabelecer uma leitura intertextual de três lendas: a <em>Lenda de Bee-Cussi</em>, a <em>Lenda de Iparira</em> e a <em>Lenda da Aldeia Kaenlulik</em>, que compõem o livro <em>Histórias da minha origem - Ai-knanoik hosi hau-nia hun</em> (Cavalcante & Cunha, 2018), com os objetivos de identificar e analisar os elementos intertextuais presentes nessas três lendas em estudo. Desse modo, pretendemos também divulgar a origem de alguns locais em Timor-Leste, permitindo melhor acesso às lendas para as novas gerações. Para a efetivação do trabalho, foi aplicada a pesquisa qualitativa através de leituras bibliográficas relativas ao tema. A partir desta pesquisa, percebemos que a intertextualidade entretece textos a partir de citações, alusões, paráfrases, comentários, ou afinidades temáticos-ideológicos e ou formais. Ao longo da nossa análise, concluímos que existe um elemento intertextual presente nas três lendas em estudo no que concerne ao animal “Cão”, que desempenha um papel fulcral nas três lendas como o descobridor principal das nascentes ou fontes de água, contribuindo para a sobrevivência da população. A água é fonte de vida, essencial para a sobrevivência humana.</p>2024-06-15T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 Luis Abel Ati e Maria da Cunhahttps://dadolinuntl.com/index.php/rev/article/view/5Comunicação e danças populares nas festividades cerimoniais dos povos asiáticos e de Timor-Leste 2024-09-20T09:05:29+00:00Vicente Paulino[email protected]Regina Pires Brito[email protected]Irta Sequeira Araújo [email protected]<p>Pretendemos, neste artigo, falar sobre danças populares manifestadas pelos povos asiáticos e de Timor-Leste nas festividades cerimoniais. Esses povos utilizam as danças populares como meio de comunicação para fazerem chegar suas intenções aos espíritos da natureza. As danças populares que esses povos praticam são quase na sua maioria ligadas aos rituais de celebrações, fertilidade e invocação à natureza. Os povos asiáticos e de Timor-Leste têm consciência de que as suas relações sociais se associam às atividades folclóricas e ritualísticas. Por isso, que, neste artigo, procuramos abordar a relação que há entre a comunicação e a dança, identificar e descrever danças populares manifestadas nas cerimónias rituais agrícolas e ritual de dança da chuva.</p>2024-06-15T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 Vicente Paulino, Regina Pires de Brito e Irta Sequeira Baris de Araújohttps://dadolinuntl.com/index.php/rev/article/view/4Estudu kona-ba halulik-ahi no bolu udan iha Suku Raiheu2024-09-20T09:05:31+00:00Madalena Borges de Sousa Gomes[email protected]Duarte Leite Billy[email protected]Carlito da Silva[email protected]<p>Iha artigu ida-ne’e buka ko’alia kona-ba halulik-ahi no bolu udan iha suku Raiheu, posto administrativu Cailaco. Buka deskreve fundamentalmente kona-ba prosesu Luli-api (halulik-ahi) no serimónia rituál bolu udan, ne’ebé tuir tradisaun komunidade hosi suku refere, antes halo toos no natar, tenke halo uluk serimónia rituál sira ne’ebé mensionadu ona.</p>2024-06-15T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 Madalena Borges de Sousa Gomes, Duarte Leite Billy e Carlito da Silvahttps://dadolinuntl.com/index.php/rev/article/view/7Viagem (Linguística, Literária e Cultural) em torno das expressões “matan” e “olho”2024-09-20T09:07:25+00:00Benvinda Lemos da Rosa Oliveira[email protected]<p>Este artigo apresenta uma análise linguística da expressão <em>matan</em> – “olho” é um termo encontrado em alguns textos literários<strong>, </strong>demonstra-se como esse órgão é conceptualizado metaforicamente em línguas e culturas diferentes, sobretudo na timorense e na portuguesa. Para a fundamentação da pesquisa, alguns estudiosos foram consultados, entre os quais se destacam: Lakoff, G & Johnson, M. (1979); Chevalier, F & Cheerbrant, A. (1982); Dubois e<em>t al</em>. (2006) e Vilela, M. (2002). “Olho” é universalmente símbolo da percepção, além disso, se revela como fonte de luz, de conhecimento e de fecundidade, pois os olhos são provavelmente a feição mais importante do rosto. Os resultados deste estudo demonstram que as expressões metafóricas em torno do <em>matan-olho</em>, podem variar nas duas culturas em estudo: a timorense e a portuguesa, além disso, tal expressão não permite uma tradução, porque nem todas as expressões têm o mesmo valor de sentido na língua de chegada.</p>2024-06-15T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 Benvinda Lemos da Rosa Oliveirahttps://dadolinuntl.com/index.php/rev/article/view/3Tradisaun haktuir ai-knanoik iha tempu kesi-batar iha Suku Orlalan2024-09-20T09:05:33+00:00João Rui Lemos da Costa[email protected]Xisto Viana[email protected]Rosa da Costa Tilman[email protected]<p>Iha testu ida-ne’e buka aborda kona-ba tradisaun haktuir ai-knanoik iha tempu kesi-batar iha Suku Orlalan, Postu Administrativu Laclubar. Hatene katak tempu uluk, komunidade suku ne’e kostuma hala’o tradisaun haktuir ai-knanoik, partikularmente istória Manu-Makikit iha momentu realizasaun atividade kolleta batar-foun, ne’ebé ohin loron, hahú desvalorizadu tanba populasaun juvenil sira la habitua an konta istória ne’ebé bei’ala sira husik hela. Tanba ne’e mak iha testu ida-ne’e, buka transkreve katuas sira suku Orlalan nian hanoin kona-ba tradisaun haktuir ai-knanoik Manu-Makikit no ninia forma preservasaun.</p>2024-06-15T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 João Rui Lemos da Costa, Xisto Viana e Rosa da Costa Tilmanhttps://dadolinuntl.com/index.php/rev/article/view/6Algumas peculiaridades do português e do tétum e a aprendizagem do português em Timor-Leste2024-09-20T09:05:26+00:00Eugénia de Jesus das Neves[email protected]<p>Este trabalho tem como objetivo verificar as diferenças entre a língua portuguesa e a língua tétum como fatores que dificultam o aluno na aprendizagem do português. As duas línguas são cooficiais em Timor-Leste e estão definidas na Constituição da República Democrática de Timor-Leste (RDTL) e também na Lei Bases de Educação como línguas de ensino. Na maioria das escolas, o tétum serve de auxiliar no processo de ensino-aprendizagem. Na Universidade Nacional Timor Lorosa’e, mais especificamente, no Departamento de Ensino de Língua Portuguesa (DELP), as aulas são dadas em língua portuguesa e os alunos ingressos encontram grandes dificuldades em aprender e aplicar nas aulas, relativamente à fala e a escrita, com muitos desvios da norma. A questão que se coloca é qual seria o motivo de a maioria dos estudantes do DELP encontrar muitas dificuldades na aprendizagem do português, apesar de haver muitas facilidades em termos de materiais didáticos ou outros meios de aprendizagem. A realidade mostra que as características peculiares de cada língua, ou seja, da língua tétum ou de outra língua materna que o aluno tem influenciam na língua portuguesa, corroborando para que neste nível de escolarização, em que o aluno deveria estar já na etapa de operacionalização – que consiste em assegurar o alargamento da competência linguística –, os discentes ainda se encontrem na etapa de familiarização, o que não possibilita o aluno criar condições para a iniciação à apreciação literária.</p>2024-06-15T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 Eugênia de Jesus das Neveshttps://dadolinuntl.com/index.php/rev/article/view/2Diálogos entre escola e Uma-lulik (Cultura): educação e inclusão2024-09-20T09:05:36+00:00Rosiete Costa de Sousa[email protected]Vicente Paulino[email protected]<p>Este artigo propõe a discussão da ação afirmativa para pensar a valorização, para inclusão no currículo escolar de modo mais contundente e efetivo, da experiência da <em>uma-lulik</em>, seus saberes, suas práticas como forma de reparação e de justiça social e cognitiva. Busca-se discutir a criação de atos de currículo por meio de <em>com-versações curriculantes</em> e culturais como ação afirmativa de valorização das culturas locais timorenses, nomeadamente, da experiência ancestral timorense corporificada na <em>uma-lulik</em> mostrando sua atualidade e relação com questões da contemporaneidade. A ideia da ação afirmativa é trazida neste texto com a intenção de fortalecer e mobilizar o debate em torno de diálogos entre escola e <em>uma-lulik</em>, para a inclusão desta última como experiência social, estética, ontológica e epistemológica na política educacional timorense.</p>2024-06-15T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 Rosiete Costa de Sousa e Vicente Paulinohttps://dadolinuntl.com/index.php/rev/article/view/9Formação acadêmica, línguas e literaturas e perspectiva sócio-histórica de Timor-Leste: um diálogo com o Professor Dr. Benjamim de Araújo e Côrte-Real2024-09-20T09:07:36+00:00Érica Marciano de Oliveira[email protected]Vicente Paulino[email protected]<p>Professor Dr. Benjamin Côrte-Real foi um dos primeiros reitores da Universidade Nacional Timor Lorosa’e e (UNTL) – Timor-Leste. Em 2023, recebeu o <em>Prêmio Educação</em>, na 7ª Edição da <em>Gala Prémios da Lusofonia</em>, em Estoril – Portugal, um reconhecimento pelo seu trabalho de excelência realizado na educação timorense. É linguista, autor da tese, <em>Mambai and its verbal art genres — A cultural reflection of Suro-Ainaro, East Timor</em>, defendida na Universidade Macquarie, em Sydney - Austrália, em 1998. Foi o primeiro diretor do Instituto Nacional de Linguística da UNTL.</p>2024-06-15T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 Érica Marciano de Oliveira e Vicente Paulinohttps://dadolinuntl.com/index.php/rev/article/view/10Apresentação2024-09-19T01:57:28+00:00Vicente Paulino[email protected]Érica Marciano de Oliveira[email protected]<p>Timor-Leste é um mundo mesclado de etnias, línguas e culturas diferenciadas. O seu povo vive continuadamente em seus usos e costumes (Paulino, 2019ª, 2019b, Sousa, 2022, Gomes, 2024), praticando alguns rituais associados às atividades agrícolas, como “sau-hare” colheita de arroz), “sau-batar” (colheita do milho novo), “bolu udan” (chamar a chuva), incluindo as práticas culturais associadas às danças e canções populares.</p>2024-06-15T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 Vicente Paulino e Érica Marciano de Oliveira