Viagem (Linguística, Literária e Cultural) em torno das expressões “matan” e “olho”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.62929/30078261.v1i1.7

Palavras-chave:

Expressões metafóricas, Olho-matan, Linguística, Literatura, Cultura

Resumo

Este artigo apresenta uma análise linguística da expressão matan – “olho” é um termo encontrado em alguns textos literários, demonstra-se como esse órgão é conceptualizado metaforicamente em línguas e culturas diferentes, sobretudo na timorense e na portuguesa. Para a fundamentação da pesquisa, alguns estudiosos foram consultados, entre os quais se destacam: Lakoff, G & Johnson, M. (1979); Chevalier, F & Cheerbrant, A. (1982); Dubois et al. (2006) e Vilela, M. (2002).  “Olho” é universalmente símbolo da percepção, além disso, se revela como fonte de luz, de conhecimento e de fecundidade, pois os olhos são provavelmente a feição mais importante do rosto. Os resultados deste estudo demonstram que as expressões metafóricas em torno do matan-olho, podem variar nas duas culturas em estudo: a timorense e a portuguesa, além disso, tal expressão não permite uma tradução, porque nem todas as expressões têm o mesmo valor de sentido na língua de chegada.

Referências

Chaves, R. (2013). Organização do Léxico. In Raposo et al. Gramática do Português. Vol. I. Fundação Calouste Gulbenkian. Universidade de Coimbra.

Chevalier, J. & Cheerbrant, A. (1982). Dicionário dos Símbolos. Editorial Teorema, LDA. Lisboa.

Correia A. J. G. et al. (2005). Disionáriu Nasionál ba Tetun Ofisiál. INL. Gáfico Diocesana de Baucau. Díli, Timor-Leste.

Costa, L. (2000). Dicionário de Tétum-Português. Edições Colibri. Lisboa.

Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea. (2001). Academia das Ciências de Lisboa Fundação Calouste Gulbenkian. Vol. I e II. Duarte, I. (2000). Língua Portuguesa - Instrumentos de análise. Universidade Aberta. Lisboa.

Evaristo, C. (2018). Olhos de Água. Pallas Mini. Rio de Janeiro.

Garret, A. (n.d). Seus olhos. Disponível em: https://www.citador.pt/poemas/seus-olhos-almeida-garrett

Lakoff, G & Johnson, M. (1979) Metáforas da Vida Quotidiana. Mercado de Letras.

Metan, A. B. (2005). Cartas da terra dos malais. Edição de SUL- Associação de Cooperação para Desenvolvimento Apartado 263 EC- 3811. Aveiro Portugal Oliveira, B. (2021). Disionáriu Espresaun Populár Dalen Tetun nian. Editora Livro & Companhia. Díli.

Queirós, E. (2000). Os Maias. Edição "Livros do Brasil" Lisboa.

Simões G. A. (2000) Dicionário de Expressões Populares Portuguesas. Publicações Dom Quixote, Lda. Lisboa-Portugal.

Taveira C. A. (2016). Trabalho Final, Corporificação em Tétum - Uma análise de 'olhos'. Universidade Aberta. Lisboa.

Thurow, A. (2014). Corpo é Uma Máquina Social - Metáforas Conceptuais no Discurso de Universitários. Universidade Católica de Pelotas.

Timorense, S. (2022). Viagem a Tasi-Tolu. (Poemas em comemoração dos 20 anos da Independência). Edição bilingue. Livros & Companhia. Díli.

Vilela, M. (2002). Metáforas do Nosso Tempo. Almedina. Coimbra.

Publicado

2024-06-15

Como Citar

Oliveira, B. L. da R. (2024). Viagem (Linguística, Literária e Cultural) em torno das expressões “matan” e “olho”. Dadolin, 1(1), 54–67. https://doi.org/10.62929/30078261.v1i1.7

Edição

Secção

Artigo